Num dos trechos da delação de Léo Pinheiro, o ex-presidente da OAS diz ter pago propina de 3% ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), por meio de seu "operador" Oswaldo Borges da Costa; "A contraparte da OAS foi paga em espécie", disse ele; "O declarante ainda tem conhecimento de que Oswaldo Borges da Costa Filho é operador de Aécio Neves e controlador das contas das empresas do político"; Veja abriu a delação da OAS após ser acusada de armar o fim da Lava Jato com a capa anterior sobre Dias Toffoli; procurador-geral Rodrigo Janot mandou destruir os depoimentos, mas agora eles já são públicos
Minas 247 – Acusada de tramar o fim da Operação Lava Jato com sua polêmica capa sobre o ministro Dias Toffoli, publicada na semana passada (leia mais aqui), Veja foi colocada contra a parede e se viu forçada a abrir a delação de Léo Pinheiro, da OAS, que o procurador Rodrigo Janot mandou destruir. Com isso, embora ataque seus alvos preferenciais, como a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, acabou sobrando também para o presidente nacional do PSDB.
Confira, abaixo, o trecho do depoimento de Léo Pinheiro relacionado a Aécio Neves (PSDB-MG):
"Foi apresentado a Aécio por Sergio Cabral, quando este ainda era governador estadual do Rio de Janeiro, em 2001. Ainda em 2001, esteve com Aécio para contribuir para a campanha de 2002 ao governo do Estado de Minas, na oportunidade em que foi apresentado a Oswaldo Borges da Costa Filho (...). Assim, quando da licitação da Cidade Administrativa de Minas Gerais, editada em 16/7/2007, o declarante determinou que fosse realizado contato com Oswaldo Borges da Costa (...).
Em um dos encontros, foi informado por Sergio Neves, representante da CNO, que havia a necessidade do pagamento de uma vantagem indevida de 3% do valor da participação de cada empresa no consórcio e que as empresas deveriam procurar o Oswaldo Borges para acertar os pagamentos (...) A contraparte da OAS foi paga em espécie (...) Segundo o declarante foi informado, as quantias eram condicionadas ao então governador Aécio Neves.
O declarante ainda tem conhecimento de que Oswaldo Borges da Costa Filho (...) é operador de Aécio Neves e controlador das contas das empresas do político, sendo que as contribuições feitas para as campanhas de Aécio Neves nos anos de 2002 e 2006, bem como na pré-campanha eleitoral de 2014, foram realizadas por intermediação de Oswaldo."
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