Médico cirurgião plástico faleceu em casa no fim da tarde. Funeral está previsto para este domingo (7) no Memorial do Carmo.
Ivo Pitanguy era reconhecido mundialmente como uma das maiores autoridades em cirurgia plástica
Morreu neste sábado (6) no Rio o cirurgião plástico Ivo Pitanguy, aos 90 anos. Ele estava em casa e sofreu uma parada cardíaca, segundo informações de sua assessoria. O funeral está previsto para este domingo (7) no Memorial do Carmo. Seu corpo será cremado.
Pitanguy fez do Brasil a principal referência mundial em cirurgia plástica ao desenvolver técnicas nas áreas de estética e de reparação. Transformou a vida de milhares de pacientes, famosos e anônimos. Formou gerações e gerações de alunos, novos cirurgiões que aprenderam com ele a respeitar e valorizar a auto-estima dos pacientes.
Em junho, ele foi foi hospitalizado para tratar de uma infecção. Desde setembro do ano passado, quando apresentou um problema renal durante uma viagem a Paris, ele passou a se submeter a sessões de hemodiálise.
Nesta sexta (5), em uma cadeira de rodas, o médico empunhou a tocha olímpica na Gávea, Zona Sul do Rio, bairro onde está localizada sua clínica de cirurgia plástica.
Pitanguy deixou mulher, quatro filhos e cinco netos.
Mineiro, nascido em Belo Horizonte, Ivo Hélcio Jardim de Campos Pitanguy é reconhecido mundialmente como uma das maiores autoridades em cirurgia plástica. Além da carreira médica, se destacou também como escritor, vindo a se tornar membro da Academia Brasileira de Letras.
Pitanguy nasceu no dia 5 de julho de 1926 em Belo Horizonte, filho do cirurgião médico de Antonio de Campos Pitanguy e de Maria Stäel Jardim de Campos Pitanguy. Em 1955 se casou com Marilu Nascimento, com quem teve quatro filhos: Ivo, Gisela, Helcius e Bernardo.
Começou sua formação na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais e se formou pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1946. Por mais de 10 anos continuou se especializando em cirurgia plástica e fez estágios em serviços de cirurgia plástica nos Estados Unidos e na Europa.
Após uma temporada fora do país, voltou ao Brasil para trabalhar como chefe na 19ª enfermaria do Serviço de Cirurgia da Santa Casa, que foi o primeiro de cirurgia de mão em toda a América do Sul, quando a cirurgia plástica ainda era incipiente no país.
Era professor titular do Curso de Especialização em Cirurgia Plástica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, desde 1960, e de outros cursos em outras instituições. Também foi professor convidado em hospitais, universidades e associações de Cirurgia Plástica de diversos países.
Tinha o título de doutor honoris causa por diversas universidades, entre elas Universidade de Tel Aviv, Israel (1986), Universidad Autónoma de Guadalajara, Jalisco, México (2002) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (29/04/2016).
Também recebeu uma série de homenagens de diferentes instituições, sendo que neste ano foi homenageado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, cedendo seu nome para o “Museu da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ivo Pitanguy”. Em 1989, o Papa João Paulo II lhe concedeu o Prêmio Cultura da Paz.
Era é autor de aproximadamente 800 trabalhos científicos em revistas brasileiras e internacionais, além de diversos livros.
Na Academia Brasileira de Letras foi eleito em 1990 o quarto ocupante da Cadeira 22, na sucessão de Luís Viana Filho.
Também recebeu uma série de homenagens de diferentes instituições, sendo que neste ano foi homenageado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, cedendo seu nome para o “Museu da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ivo Pitanguy”. Em 1989, o Papa João Paulo II lhe concedeu o Prêmio Cultura da Paz.
Era é autor de aproximadamente 800 trabalhos científicos em revistas brasileiras e internacionais, além de diversos livros.
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