Lula: "Eu já cansei, quem tem que provar são eles"

O ex-presidente Lula disse, nesta sexta (29), logo após saber da decisão da Justiça Federal de Brasília que o transformou em réu na Lava Jato, que está cansado de rebater as denúncias contra ele. 
"Eu não ia falar dos meus problemas pessoais, mas fiquei sabendo aqui que foi aceita uma denúncia contra mim por obstrução de Justiça. Vamos ver o que é", disse, no início de sua fala aos bancários. "Eu já cansei. Eu não tenho que provar que tenho apartamento. Quem tem que provar é a imprensa que acusa, o Ministério Público Federal, que diz que eu tenho, a Polícia Federal", prosseguiu. 


O juiz Ricardo Leite, o mesmo que foi afastado da Zelotes a pedido de procuradores por atrapalhar as investigações contra grandes empresas, divulgou o despacho em que aceitou a denúncia, apresentada pelo Ministério Público, de obstrução das investigações da Operação Lava Jato.

Um dia depois de seus advogados terem ido à Organização das Nações Unidas (ONU) denunciar abuso de poder do juiz Sérgio Moro, Lula pediu respeito: "a única coisa que eu quero é respeito, a única coisa que eu quero é que a imprensa não faça o julgamento e dê sentença pelas manchetes. Contra isso eu vou brigar até o último dia da minha vida (...) O que quero é que as pessoas sejam consideradas inocentes até que se prove o contrário. Nós ajudamos a conquistar a democracia, nós não vamos aceitar o que está acontecendo no Brasil sem gritar."

Lula também associou as investidas de procuradores e da Lava Jato contra ele à pré-candidatura ao Planalto em 2018. Apesar das denúncia, Lula segue como favorito nas pesquisas de opinião.

"Eu tenho 70 anos de idade, mas tenho muita vontade de brigar. Se o objetivo de tudo isso é tirar o Lula da campanhad e 2018, não precisava de tudo isso. A gente pode escolher outro companheiro. Mas essa provocação me dá uma coceira...", disse Lula, arrancando risos e aplausos.

Ele fez críticas ao golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff, estimulou as pessoas a mandarem mensagens aos senadores, para que não rasguem a Constituição na votação do Senado em agosto, e fez duras críticas ao governo interino de Michel Temer e sua condução na economia, com a retirada de direitos. "Aquilo que nós fizemos é um incômodo", observou, em referência às ações dos governos do PT.



Fonte: Brasil 247 e GGN
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