Poucos dias depois da sessão do STF, que, por 11 a zero, transformou Eduardo Cunha réu em um segundo processo na corte, o interino Michel Temer decidiu recebê-lo no Palácio do Jaburu para "avaliar o quadro político atual"; Cunha não confirmou o encontro, que acabou sendo confirmado por assessores de Temer; com a filha e a esposa nas mãos do juiz Sergio Moro e prestes a ser cassado na Câmara, Cunha, que foi o responsável principal pelo impeachment sem crime de responsabilidade, apela a Temer para tentar sobreviver
27 DE JUNHO DE 2016 ÀS 18:55
247 – Quatro dias depois do Supremo Tribunal Federal ter tornado o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu na corte pela segunda vez, por unanimidade, o presidente interino, Michel Temer, teve um encontro secreto com o peemedebista no Palácio do Jaburu neste domingo.
O tema do encontro: "avaliar o quadro político atual". Cunha não confirmou a visita à residência oficial da vice-presidência – "não estive com ele ontem", disse –, que acabou sendo confirmada por assessores de Temer. Segundo reportagem de Carla Araújo e Erich Decat, a reunião teria sido uma iniciativa de Cunha.
Com a filha e a esposa nas mãos do juiz Sergio Moro e prestes a ser cassado na Câmara dos Deputados, além dos dois inquéritos contra ele que correm no Supremo, Cunha, que foi o responsável principal pelo impeachment sem crime de responsabilidade da presidente Dilma Rousseff, apela a Temer para tentar sobreviver.
Recentemente, houve rumores de que integrantes do Palácio do Planalto tentar dissuadir Cunha a renunciar ao cargo, a fim de salvar o mandato e também para livrar o caminho para a eleição de um sucessor, que tiraria o interino Waldir Maranhão (PP-MA), alvo de críticas de todos os lados. O governo teme um racha na base aliada da Câmara durante a escolha de um novo nome.
Alvo da Lava Jato, o deputado já anunciou que, se cair, levará consigo 150 parlamentares que estariam comprometidos com o esquema de corrupção, outro temor do Palácio do Planalto comandado pelo PMDB. Em entrevista na sexta-feira, Temer fez elogios a Eduardo Cunha, ao dizer que ele não lhe atrapalha em "absolutamente nada" e que era "claro" que os dois conversavam.
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