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O choque entre Cármen Lúcia e Michel Temer no velório de Teori Zavascki revela que a tensão entre os poderes atingiu seu ponto mais agudo desde o golpe contra a democracia e a presidente Dilma Rousseff.
Enquanto a Organização dos Estados Americanos e a Transparência Internacional defendem uma investigação independente sobre o desastre aéreo, a Marinha anunciou neste sábado que não irá içar o caso da aeronave que matou Teori.A Ordem dos Advogados do Brasil defende que Cármen Lúcia homologue todas as delações, como forma de honrar a memória de Teori
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A mensagem da capa da Folha de S. Paulo deste domingo é devastadora para Michel Temer. Do ponto de vista simbólico e semiótico, o jornal o aponta como o principal beneficiário da morte de Teori Zavascki, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal.
A imagem principal o exibe diante do caixão de Teori Zavascki, sob a manchete "Morte de Teori atrasa delações e investigação sobre Temer".
A imagem principal o exibe diante do caixão de Teori Zavascki, sob a manchete "Morte de Teori atrasa delações e investigação sobre Temer".
De acordo com a reportagem de Mario Cesar Carvalho, o desastre áereo, ainda não esclarecido, atrasa as delações da Odebrecht, que atingem Temer e vários de seus ministros, e também retarda seu processo de cassação no Tribunal Superior Eleitoral.
O motivo é a posição do ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE, que pretende incluir as delações da Odebrecht no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
O motivo é a posição do ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE, que pretende incluir as delações da Odebrecht no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
No velório, a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, não aceitou ser fotografada ao lado de Temer nem de seus ministros delatados pela empreiteira, que foram ao enterro, como José Serra e Eliseu Padilha (leia aqui).
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