Semana passada, o interino Michel Temer, desencadeou uma operação para abreviar o processo de impeachment e podar o direito de defesa da presidente eleita Dilma Rousseff, sob o argumento de que precisaria viajar para a China para a reunião do G20 como efetivo já no dia 4 de setembro; no entanto, as evidências agora comprovam que o motivo da pressa era outro: garantir a aprovação do golpe parlamentar antes da delação de Marcelo Odebrecht, que o acusou de pedir ajuda financeira em pleno Palácio do Jaburu, o que resultou num caixa dois de R$ 10 milhões em dinheiro vivo; Temer agora corre contra o tempo para resistir no poder antes de se ser abatido de vez pelas delações das empreiteiras
247 - 8 DE AGOSTO DE 2016
Na semana passada, em mais um capítulo vergonhoso do golpe parlamentar de 2016, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que abreviaria o processo de impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff, tentando finalizar o "julgamento" – melhor seria dizer fuzilamento – ainda em agosto (saiba mais aqui).
O pretexto seria a necessidade de Michel Temer viajar à reunião do G20, na China, nos dias 4 e 5 de setembro, já como efetivo – e não mais como interino. No entanto, a ausência quase completa de líderes internacionais de peso na abertura da Rio 2016, que não vieram para evitar o constrangimento de encontros com o interino, comprova que Temer não faria falta alguma no G20 (leia aqui).
De todo modo, a razão da pressa não era a viagem à China, mas sim garantir o impeachment antes que viessem à tona os depoimentos de Marcelo Odebrecht e de outros empreiteiros.
Já se sabe que Temer pediu ajuda ao empreiteiro em pleno Palácio do Jaburu e que isso resultou numa doação de R$ 10 milhões em dinheiro vivo, dos quais R$ 4 milhões teriam sido entregues a Eliseu Padilha, braço direito do interino (leia mais aqui).
Temer, agora, corre contra o tempo para se manter no poder, porque a cada dia o seu risco aumenta, diante da possibilidade de novas delações.
Caberá, no entanto, ao Supremo Tribunal Federal garantir que os prazos sejam cumpridos, para que a democracia brasileira não se contamine ainda mais pelo golpe mais insidioso que já se viu na face da Terra.
Já se sabe que Temer pediu ajuda ao empreiteiro em pleno Palácio do Jaburu e que isso resultou numa doação de R$ 10 milhões em dinheiro vivo, dos quais R$ 4 milhões teriam sido entregues a Eliseu Padilha, braço direito do interino (leia mais aqui).
Temer, agora, corre contra o tempo para se manter no poder, porque a cada dia o seu risco aumenta, diante da possibilidade de novas delações.
Caberá, no entanto, ao Supremo Tribunal Federal garantir que os prazos sejam cumpridos, para que a democracia brasileira não se contamine ainda mais pelo golpe mais insidioso que já se viu na face da Terra.
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