Um dos maiores especialistas mundiais em direitos humanos, o advogado Geoffrey Robertson, que representou o ex-presidente Lula no recurso apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, contra abuso de poder do juiz Sérgio Moro, explica em vídeo os motivo da petição, ao lado do advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente no Brasil; para Robertson, Moro perdeu a imparcialidade para julgar Lula, entre outras razões, porque "atua como verdadeiro acusador, ao lado dos promotores"; "Nenhum juiz na Inglaterra ou na Europa poderia agir dessa forma. Esta é uma grave falha do sistema penal brasileiro", afirmou; ele também faz críticas às prisões antes do julgamento e à forma como vem sendo firmados acordos de delação premiada no Brasil; assista
28 DE JULHO DE 2016
247 - Um dos maiores especialistas mundiais em direitos humanos, o advogado Geoffrey Robertson, que representou o ex-presidente Lula no recurso apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU contra abuso de poder do juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, explicou os motivo da petição em um depoimento gravado em vídeo ao lado de Cristiano Zanin Martins, que representa Lula no Brasil.
Para Robertson, Moro perdeu a imparcialidade para julgar o ex-presidente, entre outras razões, porque atua como verdadeiro acusador, ao lado dos promotores, o que contraria princípios universais do direito. Segundo ele, "Lula trouxe seu caso para a ONU porque não é possível haver justiça no Brasil dentro de um sistema como esse".
O advogado detalhou: "Telefones grampeados, como de sua família e advogados, e áudios vazados para deleite de uma mídia politicamente hostil. O mesmo juiz que invade sua privacidade pode prendê-lo a qualquer momento e daí automaticamente se torna quem irá julgá-lo, decidindo se ele é culpado ou inocente sem um júri. Nenhum juiz na Inglaterra ou na Europa poderia agir dessa forma, ao mesmo tempo como promotor e juiz. Esta é uma grave falha do sistema penal brasileiro."
Robertson também aponta o problema das detenções feitas sem julgamento e critica a forma como vem sendo feitos acordos de delação premiada no Brasil. "O juiz tem o poder de deter o suspeito indefinidamente até obter uma confissão e uma delação premiada. Claro que isso leva a condenações equivocadas baseadas nas confissões que o suspeito tem que fazer porque quer sair da prisão."
A petição foi apresentada nesta quinta-feira, 28, na sede do Comitê da ONU, em Genebra (Suíça), pelos advogados Geoffrey Robertson e Cristiano Zanin. Assista à explicação de Geoffrey Robertson:
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