Ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo irá incluir nas alegações finais do impeachment uma decisão recente do Ministério Público Federal (MPF) que conclui que as pedaladas não são crime: "Vamos pegar todos os aspectos das provas, como o procurador do Ministério Público e a afirmação de todas as testemunhas e da perícia, de que não há ato nas pedaladas", afirmou Cardozo; ele também vai incluir declarações de rivais para argumentar que o processo é ilegal; como o advogado-geral da União da gestão Temer, Fabio Medina Osório, que em 2015 usou a expressão “golpe revestido de institucionalidade” para se referir ao caso; usará ainda a entrevista de Eduardo Cunha, que disse que ter “livrado o país” de Dilma é uma marca da qual se orgulha
27 DE JULHO DE 2016 ÀS 05:08
O presidente da Comissão Especial do Impeachment no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), prorrogou por 24 horas o prazo para que a defesa da presidente Dilma Rousseff entregue os documentos com as alegações finais do processo. Com isso, o prazo que vencia hoje (27) foi estendido até quinta-feira (28).
Além dos argumentos que foram expostos na defesa de Dilma, o ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo irá incluir uma decisão recente do Ministério Público Federal (MPF) que conclui que as pedaladas não são crime.
"Vamos pegar todos os aspectos das provas, como o procurador do Ministério Público e a afirmação de todas as testemunhas e da perícia, de que não há ato nas pedaladas", afirmou Cardozo.
Em parecer enviado à Justiça na última semana, o procurador da República no Distrito Federal Ivan Marx entendeu que as manobras fiscais feitas pela equipe econômica de Dilma não se enquadram no conceito legal de operação de crédito ou empréstimo. Por isso não seria necessário pedir autorização ao Congresso para executá-las.
Cardozo também vai incluir declarações de rivais para argumentar que o impeachment é ilegal, segundo a colunista Natuza Nery. Entre as falas está a do advogado-geral da União da gestão Temer, Fabio Medina Osório, que em 2015 usou a expressão “golpe revestido de institucionalidade” para se referir ao processo. Também usará entrevista do algoz Eduardo Cunha, que disse que ter “livrado o país” de Dilma é uma marca da qual se orgulha.
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