Cada vez mais atolado em escândalos, com a perspectiva real de ir em cana, Eduardo Cunha virou um problema para o interino por causa do que sabe do ex-sócio. E se ele resolve falar? E se, no desespero, topa uma delação premiada?
E se abrir o bico sobre os negócios de Temer no Porto de Santos e o Aeroporto de Guarulhos, que ele ajudou a concretizar?
Em janeiro, veio à tona a denúncia de que as campanhas de dois deputados federais do PMDB, Hermes Parcianello e João Arruda, receberam dinheiro do Grupo Libra através de transferências da conta de campanha de Michel Temer em 2014.
Cada vez mais atolado em escândalos, com a perspectiva real de ir em cana, Eduardo Cunha virou um problema para o interino por causa do que sabe do ex-sócio. E se ele resolve falar? E se, no desespero, topa uma delação premiada?
E se abrir o bico sobre os negócios de Temer no Porto de Santos e o Aeroporto de Guarulhos, que ele ajudou a concretizar?
Em janeiro, veio à tona a denúncia de que as campanhas de dois deputados federais do PMDB, Hermes Parcianello e João Arruda, receberam dinheiro do Grupo Libra através de transferências da conta de campanha de Michel Temer em 2014.
O Libra obteve uma vantagem inédita para administrar o Porto de Santos depois de uma emenda parlamentar incluída por Cunha na nova Lei de Portos. Foi o único beneficiário de uma brecha na nova legislação, que permitiu a empresas em dívida com a União renovarem contratos de concessão de terminais portuários.
Os dois trabalharam juntos também numa outra história. Segundo parecer de Rodrigo Janot, enviado ao STF, o interino recebeu uma doação de 5 milhões de reais da OAS, propina que teria facilitado a obtenção da concessão do Aeroporto de Guarulhos.
O nome de Temer aparece em mensagens encontradas no celular do ex-presidente da empreiteira: “Léo Pinheiro afirmou que explicaria, pessoalmente, para Eduardo Cunha [sobre a doação], mas que o pagamento dos R$ 5 milhões para Michel Temer estava ligado a Guarulhos”, escreveu Janot.
O DCM quer contar essa história direito num novo projeto de crowdfunding:
O Libra obteve uma vantagem inédita para administrar o Porto de Santos depois de uma emenda parlamentar incluída por Cunha na nova Lei de Portos. Foi o único beneficiário de uma brecha na nova legislação, que permitiu a empresas em dívida com a União renovarem contratos de concessão de terminais portuários.
Os dois trabalharam juntos também numa outra história. Segundo parecer de Rodrigo Janot, enviado ao STF, o interino recebeu uma doação de 5 milhões de reais da OAS, propina que teria facilitado a obtenção da concessão do Aeroporto de Guarulhos.
O nome de Temer aparece em mensagens encontradas no celular do ex-presidente da empreiteira: “Léo Pinheiro afirmou que explicaria, pessoalmente, para Eduardo Cunha [sobre a doação], mas que o pagamento dos R$ 5 milhões para Michel Temer estava ligado a Guarulhos”, escreveu Janot.
O DCM quer contar essa história direito num novo projeto de crowdfunding:
O esquema de temer no porto de Santos e no aeroporto de Guarulhos
Recentemente, o presidente interino Michel Temer foi declarado inelegível por oito anos pelo TRE.
Em planilhas apreendidas pela PF na casa de um executivo da Camargo Corrêa, o nome dele aparece 21 vezes. Parte das citações diz respeito ao período em que ele era deputado do PMDB. A investigação ocorreu em 2009 e a operação se chamava Castelo de Areia.
Em 2014, uma nova planilha da mesma empreiteira apontava dois pagamentos a Temer de 4o mil dólares por projetos em Araçatuba e Praia Grande, em São Paulo.
Temer também está envolvido em pelo menos mais dois casos vultosos:
. Esquema de cobrança de propinas de empresas donas de contratos do Porto de Santos, um feudo do PMDB. O processo estava na Justiça de SP desde 2006. Em 2015, quando as investigações apontaram para Temer, que tem foro privilegiado, tudo foi encaminhado ao STF. O ministro Marco Aurélio Mello acabou determinando que ele fosse excluído do inquérito.
. Em junho, o procurador geral da República, Rodrigo Janot, relatou, em pedido de abertura de inquérito contra Henrique Eduardo Alves ao STF, que Temer recebeu propina de R$ 5 milhões por meio de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. O dinheiro era para obter a concessão do aeroporto de Guarulhos. “Léo Pinheiro afirmou que explicaria, pessoalmente, para Eduardo Cunha [sobre a doação], mas que o pagamento dos R$ 5 milhões para Michel Temer estava ligado a Guarulhos”, escreve o procurador.
O DCM quer investigar os escândalos centrais na carreira de Michel Temer: o do Porto de Santos e o do aeroporto de Guarulhos.
Vamos contar a história que nunca foi devidamente esmiuçada na imprensa oficial. Como funcionava o esquema? Quem estava envolvido? Como começou? Quanto tempo durou?
Qual o real papel de Michel Temer? E o de outras lideranças do PMDB, como Eduardo Cunha?
Escalamos para a tarefa o jornalista Marcelo Auler. Com passagem por todos os maiores veículos de comunicação do país, Auler vai tocar a série de reportagens que serão publicadas no DCM. Auler é autor de posts sobre a PF que foram alvos de censura prévia.
A exemplo do que fizemos nos outros projetos de crowdfunding, como o Helicoca e Furnas, vamos jogar luzes numa zona sombria — especialmente depois do golpe.
Recentemente, o presidente interino Michel Temer foi declarado inelegível por oito anos pelo TRE.
Em planilhas apreendidas pela PF na casa de um executivo da Camargo Corrêa, o nome dele aparece 21 vezes. Parte das citações diz respeito ao período em que ele era deputado do PMDB. A investigação ocorreu em 2009 e a operação se chamava Castelo de Areia.
Em 2014, uma nova planilha da mesma empreiteira apontava dois pagamentos a Temer de 4o mil dólares por projetos em Araçatuba e Praia Grande, em São Paulo.
Temer também está envolvido em pelo menos mais dois casos vultosos:
. Esquema de cobrança de propinas de empresas donas de contratos do Porto de Santos, um feudo do PMDB. O processo estava na Justiça de SP desde 2006. Em 2015, quando as investigações apontaram para Temer, que tem foro privilegiado, tudo foi encaminhado ao STF. O ministro Marco Aurélio Mello acabou determinando que ele fosse excluído do inquérito.
. Em junho, o procurador geral da República, Rodrigo Janot, relatou, em pedido de abertura de inquérito contra Henrique Eduardo Alves ao STF, que Temer recebeu propina de R$ 5 milhões por meio de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. O dinheiro era para obter a concessão do aeroporto de Guarulhos. “Léo Pinheiro afirmou que explicaria, pessoalmente, para Eduardo Cunha [sobre a doação], mas que o pagamento dos R$ 5 milhões para Michel Temer estava ligado a Guarulhos”, escreve o procurador.
O DCM quer investigar os escândalos centrais na carreira de Michel Temer: o do Porto de Santos e o do aeroporto de Guarulhos.
Vamos contar a história que nunca foi devidamente esmiuçada na imprensa oficial. Como funcionava o esquema? Quem estava envolvido? Como começou? Quanto tempo durou?
Qual o real papel de Michel Temer? E o de outras lideranças do PMDB, como Eduardo Cunha?
Escalamos para a tarefa o jornalista Marcelo Auler. Com passagem por todos os maiores veículos de comunicação do país, Auler vai tocar a série de reportagens que serão publicadas no DCM. Auler é autor de posts sobre a PF que foram alvos de censura prévia.
A exemplo do que fizemos nos outros projetos de crowdfunding, como o Helicoca e Furnas, vamos jogar luzes numa zona sombria — especialmente depois do golpe.
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