Pessoas de todas as cores, gêneros e camadas sociais, do campo e das cidades, de várias idades e origens, realizaram ato unificado contra o obscurantismo que ameaça o País.
Capitais e interiores de todo o Brasil, Argentina, Uruguai, Alemanha, França, Estados Unidos, Catalunia, Holanda e Canadá foram às ruas com música, dança e poesia, denunciar a ilegitimidade do governo interino e ilegítimo de Michel Temer e suas ameças aos direitos sociais e trabalhistas.
A elite achou que poderiam destruir tudo aquilo que a união e articulação da nossa população construiu. Ledo engano. Ainda que tenham para si o apoio incondicional de setores conservadores e da mídia comercial, esquecem-se da capacidade de organização da classe trabalhadora.
Nascemos do estupro de nossas índias e das negras escravizadas que trouxeram para cá. Crescemos sob o jugo de uma elite preconceituosa e assassina, preocupada tão somente em manter seus privilégios.
Transbordamos dos guetos. Hoje, temos voz e rosto. Temos o direito inalienável aos nossos corpos. Sabemos que também nos é dada a capacidade de sonhar. E não permitiremos que retirem os nossos sonhos.
Aprendemos a nos amar e a amar aquilo que somos. Brasileiras e brasileiros. Todos juntos na luta pela construção de uma nação. E, quando estávamos na busca por um Brasil mais justo e plural, fomos golpeados mais uma vez por essa elite hipócrita e mesquinha, assustada em ver seus esquemas ruírem.
É preciso que saibam: vocês não terão vida fácil. Nos organizarmos novamente. E todos sabem o resultado da união da classe trabalhadora: a quebra dos grilhões que impedem a sua plena emancipação e protagonismo social.
A luta está apenas começando.
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